quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Trazer cura, libertação e salvação ou condenação?

A passagem a seguir, é muito conhecida, mas gostaria de abordar uma visão, entre vários ensinamentos que poderiamos tirar dela. Está em João 8:1-11:
Jesus, porém, foi para o Monte das Oliveiras. E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava. E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério; E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando. E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra. E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela. E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. Quando ouviram isto, redargüidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio. E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.
De acordo com a forma que o pecado é abordado, podemos levar cura, libertação e salvação ou a condenação da pessoa. Aqui podemos ver duas formas distintas, a primeira, como os entendidos da lei trataram e a segunda, como Jesus tratou. É nesta visão que gostaria de elucidar um pouco mais.

1. Buscando conhecimento da lei, mas pouco do amor de Deus; 
Vemos hoje grandes discuções teologicas, onde pessoas querem mostrar o quanto sabem em relação a palavra, mas vemos muito pouco pessoas dispostas a se retirar e viver momentos de oração, ouvindo a Deus para saber o que Ele quer, como quer e onde quer que estejamos. Se buscassemos o amor de Deus, entenderiamos que "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16, mas muitas vezes achamos que este todo, é só para aqueles que estão na igreja, que conhecem tudo da letra, da palavra, mas a vontade de Deus é "Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade." 1 Timóteo 2:4
 2. Estar certo, em relação a palavra, fazer cumprir o que está escrito, mas não fazer cumprir a Justiça de Deus;

Nos dias atuais, as atitudes não são diferentes das praticadas pelos escribas e fariseus. Embasados na lei, queriam fazer cumprir-se a justiça, a lei, levando desta forma o pecador a condenação. É muito comum quando pessoas erram, ao invés de a exortarmos com amor, "jogarmos" um trecho da palavra, acusando, trazendo mais peso para ela e muitas vezes, levando a pessoa ainda mais para o pecado, pois não consegue suportar a culpa que colocamos em seus ombros.
Num trabalho feito com moradores de rua, notamos que muitos são ex-evangélicos que ao errar, não encontraram um ombro amigo, para fazer com que pudessem se levantar, mas o contrário, encontram muitas acusações, fazendo com que fossem para as ruas.

A igreja é um "exercito" que tem matado os seus próprios feridos.

3. Nos colocar no lugar do pecador, pois assim também o somos.
"Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus." Romanos 3:22-24
Da mesma forma, que gratuitamente fomos justificados pela graça de Deus, aqueles que estão no erro, também podem ser justificados e cabe a nós falarmos desta graça, para que eles venham a se arrepender e converter, e, não julgar como é comumente feito.

4. O que está ocorrendo nos dias de hoje: Movimento neo-ateista; o esfriamento do amor, da fé.
Hoje devido a um esfriamento do amor, muitos estão apostatando da fé. Estão deixando de crer em Deus e muitos até colocando a prova a sua existência. Nós como igreja, devemos estar pregando o evangélio, não com palavras, mas com ações. Agostinho dizia: "Vá e pregue o evangélio, se necessário fale". Falamos muito, mas agimos pouco ou quase nada.

5. Os pilares que devemos seguir, segundo a igreja "primitiva".
"E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar." Atos 2: 46-47
Perseverar na doutrina;
O partir do pão, ou seja, compartilhar;
E com alegria e singeleza;
Louvar a Deus por tudo;
E sempre, com amor.
Só assim, a igreja cairá na graça do povo, e o próprio Senhor se encarregará de acrescentar mais pessoas que hão de se salvar.

6. Fazermos o que Jesus faria.

Jesus estava no monte, orando, conhecendo a vontade de Deus. Na ocasião, Ele teve dicernimento para fazer com que o pecador pudesse ser curado, liberto e salvo. Não foi conivente com o pecado, exortando-a com amor dizendo: Se ninguem te condenou, eu também não a condedo, mas vá e não peques mais. Não temos mais detalhes, mas tenho em meu coração que esta mulher, conseguiu se curar e passar a andar em retidão a partir deste momento.

Agora, cabe a nós refletirmos na maneira com que estamos agindo e o que de fato queremos: Conhecimento somente para acusar, ou entendimento da palavra para com amor exortar e levar as pessoas a salvação.

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