sexta-feira, 22 de maio de 2015

Humildade ou orgulho, você decide

"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas." Mateus 11:28,29

Uma chave que Jesus está colocando aqui, para que encontremos o descanso para nossa alma é: "Aprendei de mim, que sou MANSO e HUMILDE de coração."

O oposto a humilde é o orgulho. O orgulhoso sabota a si mesmo, tornando-se prisioneiro em sua alma. Isto ocorre principalmente quando temos um ideal por certo, verdadeiro e, ao descobrirmos que não o é, ao invés de mudarmos a direção, preferimos ficar presos a um falso ideal devido ao orgulho de ter que admitir o erro.

Ser humilde, não é ser humilhado, mas sim reconhecer que temos nossos limites, que cometemos erros e que podemos aprender com eles. Ter humildade nos permite perdoar e também pedir perdão, não só a outras pessoas mas também a nós mesmos, trazendo com isso descanso e liberdade em nossos corações.

Tomemos o exemplo de Jesus: "De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz." Filipenses 2:5-8

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Oração que funciona

Hoje é muito comum irmos aos cultos, louvarmos, orarmos, ouvirmos a palavra, mas não obtermos muitos resultados. Quando não obtemos estes resultados, a consequência é que vamos "esfriando" a um ponto, que frequentar um culto acaba se tornando meramente um compromisso mecânico.

João 16:23-24
"E naquele dia nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar. Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que o vosso gozo se cumpra."
Então quer dizer que tudo que pedirmos, nossos desejos, nossas vontades, serão atendidas? Não. Nossas orações devem estar de acordo com a Palavra do Senhor, e ai sim, dentro destes parâmetros podemos pedir, não no sentido de "esmolar" algo, mas sim, de determinar algo. Lembrando que não exigimos nada de Deus, mas sim, daquilo que rouba nossa esperança, nossa felicidade, revertendo o mal em bem, através do que nos está disponivel através da nossa redenção através do sacrifício de Jesus na cruz.

Em Marcos 11:22-23, temos uma declaração do Senhor Jesus de como devemos proceder para orar de forma que venhamos a obter o resultado esperado:

"E Jesus, respondendo, disse-lhes: Tende fé em Deus; Porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito."

Vemos aqui, quatro passos para alcançarmos a vitória através de nossa oração:

1. Ter fé em Deus;
2. Pronunciar, dar ordem a algo para que seja feito;
3. Não duvidar, Crer;
4. Receber;

Agora, vamos meditar em cada um destes passos:

Primeiro ponto é: ter fé em Deus:

O que é fé?

Buscando no dicionário, a fé tem alguns significados muito interessante, vou citar os que achei mais relevantes para este contexto:

1. Adesão absoluta do espírito àquilo que se considera verdadeiro.
2. Sentimento de quem acredita em determinados ideias ou princípios religiosos. = CRENÇA
5. Estado ou atitude de quem acredita ou tem esperança em algo. = CONFIANÇA, ESPERANÇA ≠ CEPTICISMO, INCREDULIDADE

Na Palavra de Deus, a fé se definida:

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.". Hebreus. 11:11

Como adquirimos a fé?

Romanos: 10:17 "De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus"
Muitos acreditam que a fé, esta nos louvores, em algum ato que podemos praticar, na santidade, nas obras, na caridade. Isto tudo vem com a fé, mas para adquirir fé, só existe um modo: Ouvindo a Palavra do Senhor.
Antes de realizar qualquer milagre, Jesus pregava a Sua Palavra, fazendo com que a fé inundasse os corações e, depois, com o coração cheio de convicção, Ele podia executar o milagre.
Hoje o que vemos, é que muitos vão a igreja, não prestam muita atenção na palavra que está sendo ministrada, mas no final, quando chega o momento da oração, querem receber algo que o coração dele não ficou pronto para disfrutar, pois não deu importância a Palavra do Senhor.

Onde deve estar nossa fé?

Em Gálatas 2:20 define exatamente isto: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim."
Muitas vezes, o erro que cometemos, é achar que orando, temos o poder para fazer com que algo aconteça, tendo a fé em nos mesmos, muitas vezes na nossa oração, sendo que na verdade, devemos ter a fé em Jesus, que irá operar o milagre. Sabendo que orando com fé, Ele irá realizar aquilo que estamos orando em concordância com a Palavra.

Sabendo isto, não devemos mais orar com a fé da sorte. A fé da sorte, é aquela que após termos orado, ficamos na esperança que Deus, quem sabe, pode ter nos ouvido, e assim de-repente, podemos ter nosso pedido atendido. Temos que parar com isso, pois devemos ter em mente o seguinte: "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo;" Efésios 1:3, ou seja, não seremos abençoados, já fomos abençoados. O que devemos trazer são estas bençãos para nossa vida, através da oração da fé.

O segunto ponto, é dizer, pronunciar.

Muitas vezes, em nossas orações pedimos, mas na nossa lingua, e até na sociedade, a palavra pedir dá uma conotação de "implorar, por favor, se possível". Mas no caso, não é esse o contexto, mas sim, em dar ordem a uma determinada situação. Um texto na Palavra que define muito bem esta autoridade ao falar, ao dizer algo está em Mateus 8:8-9: "E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar. Pois também eu sou homem sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu criado: Faze isto, e ele o faz.", ou seja, ao pronunciar, falar, sabe-se que irá ser feito, conforme sua ordem.
Um outro ponto que pode ocorrer quando vamos dar ordem a uma determinada situação, é não nos sentirmos dignos para isto. As vezes, vem sentimentos de culpa de algo que cometemos e que acabam tomando nossa mente. Mas quando isto ocorre devemos nos lembrar: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;" Romanos 3:23-25. E se há algum pecado não confessado, confesse, e saiba que foi perdoado, para que justificado, possa operar o poder de Deus em seu favor.

Terceiro ponto: Não duvidar crer.

Há uma diferença entre fé e crer. Também busquei no dicionário o que Crer significa e obtive a seguinte definição:

1. Dar fé a; acreditar.

Ou seja, dar fé a Palavra de Deus, acreditar que o que está sendo dito será realizado. Se no momento de orar, seu coração se encher de dúvida, nem continue. Pois você não deve tentar, orar pra ver no que vai dar, não é assim que a Palavra nos diz para agir. Caso a dúvida paire no seu coração, volte a meditar na Palavra, adquira fé, e com a certeza, conficção no coração, agora ore, crendo que receberá aquilo pelo que está orando.

Quarto ponto: Receber.

Neste momento, devemos ousar na fé. Recebemos aquilo que pedimos (determinando), com isso, se era uma doença, recebemos a cura, se eram pensamentos que insistiam em nos deprimir, nos livramos deles, algo que não conseguia fazer, não tinha capacidade para tal, faça-o agora.
Se o que determinou, está de acordo com a Palavra, tenha certeza: Deus já lhe abençoou.

Espero que este texto possa lhe ajudar a concretizar suas orações a partir deste momento.

Que Deus lhe abençõe enormemente.

Abs. até a próxima.






quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Trazer cura, libertação e salvação ou condenação?

A passagem a seguir, é muito conhecida, mas gostaria de abordar uma visão, entre vários ensinamentos que poderiamos tirar dela. Está em João 8:1-11:
Jesus, porém, foi para o Monte das Oliveiras. E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava. E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério; E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando. E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra. E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela. E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. Quando ouviram isto, redargüidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio. E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.
De acordo com a forma que o pecado é abordado, podemos levar cura, libertação e salvação ou a condenação da pessoa. Aqui podemos ver duas formas distintas, a primeira, como os entendidos da lei trataram e a segunda, como Jesus tratou. É nesta visão que gostaria de elucidar um pouco mais.

1. Buscando conhecimento da lei, mas pouco do amor de Deus; 
Vemos hoje grandes discuções teologicas, onde pessoas querem mostrar o quanto sabem em relação a palavra, mas vemos muito pouco pessoas dispostas a se retirar e viver momentos de oração, ouvindo a Deus para saber o que Ele quer, como quer e onde quer que estejamos. Se buscassemos o amor de Deus, entenderiamos que "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16, mas muitas vezes achamos que este todo, é só para aqueles que estão na igreja, que conhecem tudo da letra, da palavra, mas a vontade de Deus é "Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade." 1 Timóteo 2:4
 2. Estar certo, em relação a palavra, fazer cumprir o que está escrito, mas não fazer cumprir a Justiça de Deus;

Nos dias atuais, as atitudes não são diferentes das praticadas pelos escribas e fariseus. Embasados na lei, queriam fazer cumprir-se a justiça, a lei, levando desta forma o pecador a condenação. É muito comum quando pessoas erram, ao invés de a exortarmos com amor, "jogarmos" um trecho da palavra, acusando, trazendo mais peso para ela e muitas vezes, levando a pessoa ainda mais para o pecado, pois não consegue suportar a culpa que colocamos em seus ombros.
Num trabalho feito com moradores de rua, notamos que muitos são ex-evangélicos que ao errar, não encontraram um ombro amigo, para fazer com que pudessem se levantar, mas o contrário, encontram muitas acusações, fazendo com que fossem para as ruas.

A igreja é um "exercito" que tem matado os seus próprios feridos.

3. Nos colocar no lugar do pecador, pois assim também o somos.
"Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus." Romanos 3:22-24
Da mesma forma, que gratuitamente fomos justificados pela graça de Deus, aqueles que estão no erro, também podem ser justificados e cabe a nós falarmos desta graça, para que eles venham a se arrepender e converter, e, não julgar como é comumente feito.

4. O que está ocorrendo nos dias de hoje: Movimento neo-ateista; o esfriamento do amor, da fé.
Hoje devido a um esfriamento do amor, muitos estão apostatando da fé. Estão deixando de crer em Deus e muitos até colocando a prova a sua existência. Nós como igreja, devemos estar pregando o evangélio, não com palavras, mas com ações. Agostinho dizia: "Vá e pregue o evangélio, se necessário fale". Falamos muito, mas agimos pouco ou quase nada.

5. Os pilares que devemos seguir, segundo a igreja "primitiva".
"E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar." Atos 2: 46-47
Perseverar na doutrina;
O partir do pão, ou seja, compartilhar;
E com alegria e singeleza;
Louvar a Deus por tudo;
E sempre, com amor.
Só assim, a igreja cairá na graça do povo, e o próprio Senhor se encarregará de acrescentar mais pessoas que hão de se salvar.

6. Fazermos o que Jesus faria.

Jesus estava no monte, orando, conhecendo a vontade de Deus. Na ocasião, Ele teve dicernimento para fazer com que o pecador pudesse ser curado, liberto e salvo. Não foi conivente com o pecado, exortando-a com amor dizendo: Se ninguem te condenou, eu também não a condedo, mas vá e não peques mais. Não temos mais detalhes, mas tenho em meu coração que esta mulher, conseguiu se curar e passar a andar em retidão a partir deste momento.

Agora, cabe a nós refletirmos na maneira com que estamos agindo e o que de fato queremos: Conhecimento somente para acusar, ou entendimento da palavra para com amor exortar e levar as pessoas a salvação.

quarta-feira, 2 de março de 2011

As astutas ciladas do diabo


A vida de Sansão – Tudo para ser bem sucedido, mas não foi assim!

I – Iniciação:

                Uma passagem pouco falada, pelo menos pra mim, não tenho tido a oportunidade de ouvir muitos pregadores falar sobre ela, é a vida de Sansão. Creio que ela nos traz inúmeros alertas que podemos usar em nossas vidas no dia a dia.

                Para entender o contexto: O livro de Juízes mostra Israel em uma época em que ainda não havia sido constituído rei sobre o povo, pois a vontade de Deus é que não houvesse rei, e sim, que obedecessem a seus mandamentos e o próprio Deus reinaria sobre eles. Mas Israel começou a fazer o que era mal aos olhos do Senhor e sempre acabavam ficando cativos a outros povos e então começavam a clamar a Deus para que os libertassem e, para que Israel fosse liberto destes povos, Deus levantava juízes dentre os homens, para que os livrassem dos seus inimigos. Sansão foi o penúltimo juiz levantado, vindo depois dele Samuel. Apesar das promessas, ele cometeu vários deslizes, mas como as escrituras nos colocam: tudo aquilo que foi escrito, para nosso conhecimento foi escrito, tomemos os erros que Sansão cometeu, para que não caiamos nas ciladas do inimigo.

II – A promessa 

Juízes: 13:2-5

"Havia um homem de Zorá, da linhagem de Dã, chamado Manoá, cuja mulher era estéril e não tinha filhos. Apareceu o Anjo do SENHOR a esta mulher e lhe disse: Eis que és estéril e nunca tiveste filho; porém conceberás e darás à luz um filho. Agora, pois, guarda-te, não bebas vinho ou bebida forte, nem comas coisa imunda; porque eis que tu conceberás e darás à luz um filho sobre cuja cabeça não passará navalha; porquanto o menino será nazireu consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe; e ele começará a livrar a Israel do poder dos filisteus."

Nazireu (do hebraico nazir ---- da raiz nazar --- "consagrado", "separado") Está instituído no livro de Números 6:1-21.  Em virtude desta consagração, o nazireu devia abster-se de tomar certos alimentos e bebidas fermentadas, de cortar o cabelo e tocar em cadáveres, além de não comer carne em muitas circunstâncias.

1. Um Nazireu não podia tomar vinho:

Na Palavra de Deus, o vinho simboliza a alegria.

Paulo em Efésios 5:18 (E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito “Santo”) compara o Enchimento do Espírito Santo com a embriagues com vinho. A razão de um Nazireu não tomar vinho, é mostrar que seu maior prazer e deleite estão na pessoa do Senhor. Do mesmo modo nossa consagração perde o sentido se não estiver baseada no amor ao Senhor e no prazer de andar em Sua presença.

2. Um Nazireu não podia tocar em cadáver algum:

Esta consagração é mais do que negar o pecado e a carne, mas sim, abster-se de tudo que estiver impregnado pela morte. Lembrando que morte quer dizer: Separação, separação de Deus. Assim também, todos nós não devemos nos contaminar com as coisas deste mundo que nos separam de Deus.

3. Um Nazireu não podia cortar o cabelo:

Isto era um sinal notório de sua chamada, de sua consagração e reconhecimento do senhorio de Deus sobre sua pessoa. Também nós, precisamos ser reconhecidos, onde quer que estejamos que a presença de nosso Senhor Jesus Cristo está em nós e por conseqüência, fazemos a Sua vontade.

III – Onde tudo começou a dar errado:

1. Andar por entre os parreirais:

Juízes 14:5

"Desceu, pois, com seu pai e sua mãe a Timna; e, chegando às vinhas de Timna, eis que um leão novo, bramando, lhe saiu ao encontro."

Números 6:3

"abster-se-á de vinho e de bebida forte; não beberá vinagre de vinho, nem vinagre de bebida forte, nem tomará beberagens de uvas, nem comerá uvas frescas nem secas."

Com vemos Sansão deveria abster-se, não só de tomar vinho, mas também comer uvas, mas nesta passagem o vemos andando por entre as parreiras. Podemos até dizer: O que tem isto de mal? É uma forma de darmos margem para cair em tentação. Isto vale para nós nos dias de hoje, não em andar em um parreiral, mas, nos deixarmos andar por lugares, que poderão nos levar a sair da presença do Espírito Santo de Deus. 

2. Tocar em um animal morto:

Juízes 14:6

"Então, o Espírito do SENHOR de tal maneira se apossou dele, que ele o rasgou como quem rasga um cabrito, sem nada ter na mão; todavia, nem a seu pai nem a sua mãe deu a saber o que fizera."

Juízes 14:8-9

"Depois de alguns dias, voltou ele para a tomar; e, apartando-se do caminho para ver o corpo do leão morto, eis que, neste, havia um enxame de abelhas com mel. Tomou o favo nas mãos e se foi andando e comendo dele; e chegando a seu pai e a sua mãe, deu-lhes do mel, e comeram; porém não lhes deu a saber que do corpo do leão é que o tomara."

Certo dia, depois de fazer a caminhada habitual entre as vinhas, percebeu que dentro do cadáver do leão havia uma colméia com bastante mel. Veja aqui como o diabo é astuto e sutil. A um nazireu era proibido tocar em cadáveres. E o que ele fez? Colocou mel no cadáver. Sansão não tocou no cadáver do leão, mas chegou muito perto. Atenção: o inimigo pode estar colocando mel nas coisas do mundo para tentar-lhe, atrair-lhe e roubar-lhe a consagração. Cuidado com o “mel no interior de cadáveres”

3. Deu-se aos prazeres da carne:

Juízes 16:1

"Sansão foi a Gaza, e viu ali uma prostituta, e coabitou com ela."

Juízes 16:4

"Depois disto, aconteceu que se afeiçoou a uma mulher do vale de Soreque, a qual se chamava Dalila."

Com isto, Dalila, sendo filisteia, começou a indagar Sansão sobre sua força:

Juízes 16:6

"Disse, pois, Dalila a Sansão: Declara-me, peço-te, em que consiste a tua grande força e com que poderias ser amarrado para te poderem subjugar."

Esta parte está detalhada em Juízes: 16:7-16.

Juízes 16:17-21

"Descobriu-lhe todo o coração e lhe disse: Nunca subiu navalha à minha cabeça, porque sou nazireu de Deus, desde o ventre de minha mãe; se vier a ser rapado, ir-se-á de mim a minha força, e me enfraquecerei e serei como qualquer outro homem. Vendo, pois, Dalila que já ele lhe descobrira todo o coração, mandou chamar os príncipes dos filisteus, dizendo: Subi mais esta vez, porque, agora, me descobriu ele todo o coração. Então, os príncipes dos filisteus subiram a ter com ela e trouxeram com eles o dinheiro. Então, Dalila fez dormir Sansão nos joelhos dela e, tendo chamado um homem, mandou rapar-lhe as sete tranças da cabeça; passou ela a subjugá-lo; e retirou-se dele a sua força. E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Tendo ele despertado do seu sono, disse consigo mesmo: Sairei ainda esta vez como dantes e me livrarei; porque ele não sabia ainda que já o SENHOR se tinha retirado dele. Então, os filisteus pegaram nele, e lhe vazaram os olhos, e o fizeram descer a Gaza; amarraram-no com duas cadeias de bronze, e virava um moinho no cárcere."

A tática do diabo para seduzir Sansão entre as vinhas não obteve êxito. Da mesma forma, a artimanha para fazê-lo tocar no cadáver do leão também não surtiu o efeito desejado. Por último, o inimigo usou uma mulher para induzi-lo a cortar os cabelos, Sansão perdeu sua “marca”, afinal, o que o tornava visivelmente um nazireu eram seus cabelos. Jesus nos adverte para que não extinguamos o Espírito Santo (I Tessalonicenses 5:19) pois Ele é a nossa “marca”, nosso “selo” de que pertencemos ao Senhor.

Mas Sansão quebrou sua consagração, por seguir suas vontades, por dar maior importância àquilo que o tornava feliz, ele deixou de lado o verdadeiro propósito de sua vida. Devemos ter a direção de Deus. Sansão deixou de enxergar esses estas direções, pois seus olhos estavam ocupados em vislumbrar o que agradaria apenas a ele mesmo.

Como conseqüência ele foi aprisionado e teve seus olhos arrancados, tudo aconteceu muito rápido, ele acordou e de repente sua força havia sumido, na carta à Igreja de Sardes Jesus diz que virá sobre eles como um ladrão (Ap. 3:3b), porém, no mesmo versículo Jesus mostra sua misericórdia dando uma segunda chance à “igreja de aparência”, Ele diz: "Lembre-se, portanto, do que você recebeu e ouviu; obedeça e arrependa-se." (Ap. 3:3a).

Como terminou a história de Sansão?

Mas se Sansão havia perdido sua força, o que houve para que o Senhor o capacitasse novamente?

Juízes 16:28

"Sansão clamou ao SENHOR e disse: SENHOR Deus, peço-te que te lembres de mim, e dá-me força só esta vez, ó Deus, para que me vingue dos filisteus, ao menos por um dos meus olhos."

Deus pela sua imensa misericórdia, perdoou Sansão e deu-lhe seu poder novamente, mas a conseqüência do pecado foi devastadora, pois acabou morrendo juntamente com os filisteus.

Por isso, sirva-nos de alerta, para que não caiamos, mas sim, obedeçamos ao Senhor em toda sua Palavra. "Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar..." I Samuel 15:22 b

Lições a serem aprendidas:

Nosso foco sempre deve ser Jesus;

Tiago 4:7

"Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós."

Não nos perdermos com os “cuidados” da vida;

Lucas 8:14

"A que caiu entre espinhos são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com os cuidados, riquezas e deleites da vida; os seus frutos não chegam a amadurecer."

Fugir da aparência do mal;

I Tessalonicenses 5:22

"abstende-vos de toda forma de mal."

Estarmos atentos as ciladas do inimigo.

Efésios 6:11

"Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo;"

Até a próxima.


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Fazendo a diferença!


O texto base para refletirmos naquilo que Deus quer de nós, está em II Crônicas no capítulo 30, versículos 8 e 9:

“Não endureçais, agora, a vossa cerviz, como vossos pais; confiai-vos ao SENHOR, e vinde ao seu santuário que ele santificou para sempre, e servi ao SENHOR, vosso Deus, para que o ardor da sua ira se desvie de vós. Porque, se vós vos converterdes ao SENHOR, vossos irmãos e vossos filhos acharão misericórdia perante os que os levaram cativos e tornarão a esta terra; porque o SENHOR, vosso Deus, é misericordioso e compassivo e não desviará de vós o rosto, se vos converterdes a ele.”

Para entender o contexto: Neste momento da história, Israel estava dividia em dois reinos o do norte (Israel) e o do sul (Judá). No reinado de Acaz em Judá, o povo passou a andar segundo os costumes dos povos daquela terra, que era abominável ao Senhor, com isso, Judá acabou sendo entregue aos siros e uma parte do povo foi levada cativa. Após a morte de Acaz, Ezequias passou a reinar em Jerusalém e, diferente de Acaz, passou a fazer o que era reto ao Senhor, fez todo o povo voltar-se a Deus e santificar-se, tirando toda imundícia e, restaurou o culto ao Senhor Deus. Em seguida a preocupação foi em também querer trazer aqueles que estavam cativos com o Rei da Assíria, por isso, deveriam andar em santidade ao Senhor, para que a Sua misericórdia também alcançasse os cativos do povo.

Trazendo este contexto para os dias de hoje: Nós que já conhecemos o Senhor, que já somos livres em Cristo Jesus, temos que nos santificar ainda mais, buscar o Senhor ainda mais, para que Sua graça e misericórdia possam alcançar aqueles que ainda estão cativos neste mundo. Cativos em suas paixões, nas drogas, alcoolismo, prostituição, adultério e tantas outras formas que conhecemos.

Nossas palavras, ações e comportamento devem sempre refletir a Cristo, por isso é tão importante nos consagramos a Deus. O amor de Jesus deve ser visto em nossos olhos, assim, muitos poderão vir a conhecer este Deus, que é fiel, misericordioso e amoroso, e assim, também serem libertos de todo mal e o mais importante: Alcançarem a vida eterna.

Para terminar, deixo aqui um texto, onde devemos refletir sempre:

“E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, fala aos filhos do teu povo, e dize-lhes: Quando eu fizer vir a espada sobre a terra, e o povo da terra tomar um homem dos seus termos, e o constituir por seu atalaia; E, vendo ele que a espada vem sobre a terra, tocar a trombeta e avisar o povo; Se aquele que ouvir o som da trombeta, não se der por avisado, e vier a espada, e o alcançar, o seu sangue será sobre a sua cabeça. Ele ouviu o som da trombeta, e não se deu por avisado, o seu sangue será sobre ele; mas o que se dá por avisado salvará a sua vida. Mas, se quando o atalaia vir que vem a espada, e não tocar a trombeta, e não for avisado o povo, e a espada vier, e levar uma vida dentre eles, este tal foi levado na sua iniquidade, porém o seu sangue requererei da mão do atalaia. A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca, e lha anunciarás da minha parte.” Ezequiel 33:1-7

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A Morte de Jesus segundo os médicos


Hoje o que vemos na mídia em geral, são debates a respeito de doutrinas que foram introduzidas pelo homem dentro a igreja ao longo dos anos, mas pouco se vê a respeito do que Deus realmente quer para a humanidade:


“Que, quando estávamos espiritualmente mortos por causa da nossa desobediência, ele nos trouxe para a vida que temos em união com Cristo. Pela graça de Deus vocês são salvos. Por estarmos unidos com Cristo Jesus, Deus nos ressuscitou com ele para reinarmos com ele no mundo celestial.” Efésios: 2:5-6


Após lerem este relato, reflitam no que Jesus passou por amor de todos nós e pelo menos lhe dêem uma chance de ser conhecido, como Ele realmente é: Um Deus amoroso, sempre disposto a perdoar e que busca salvar a todos através da sua graça.


“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16
Jesus quer uma chance para falar diretamente ao seu coração:


“eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo.” Apocalipse: 3:20




Relato das dores de Jesus feita por um grande estudioso francês, o médico Dr. Barbet: dando a possibilidade de compreender realmente as dores de Jesus durante a sua paixão:


"Eu sou um cirurgião, e dou aulas há algum tempo. Por treze anos vivi em companhia de cadáveres e durante a minha carreira estudei a fundo anatomia. Posso, portanto escrever sem presunção." 


Jesus entrou em agonia no Getsemani - escreve o evangelista Lucas - orava mais intensamente. "E seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra". O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com a precisão dum clínico. O suar sangue, ou "hematidrose", é um fenômeno raríssimo. Produz-se em condições excepcionais: para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra. 


Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o procurador romano e Herodes. Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. 


Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue. 


Depois o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que aqueles da acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo). 


Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da Cruz; pesa uns cinqüenta quilos. A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário. 


Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. O percurso é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o dorso. 


Sobre o Calvário tem início a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada nas chagas e tirá-la é atroz. Alguma vez vocês tiraram uma atadura de gaze de uma grande chaga? Não sofreram vocês mesmos esta experiência, que muitas vezes precisa de anestesia? Podem agora vos dar conta do que se trata. Cada fio de tecido adere à carne viva: ao levarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento. 


Como aquela dor atroz não provoca uma síncope? (Suspensão súbita e momentânea da ação do coração ou interrupção da respiração, das sensações e dos movimentos voluntários)


O sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pé e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. 


Os algozes tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos; horrível suplício! Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), o apóiam sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. No mesmo instante o seu pólice, com um movimento violento se posicionou opostamente na palma da mão; o nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se, como uma língua de fogo, pelos ombros, lhe atingindo o cérebro. Uma dor mais insuportável que um homem possa provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos. De sólido provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. Pelo menos se o nervo tivesse sido cortado! 


Ao contrário (constata-se experimentalmente com freqüência) o nervo foi destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego: quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará três horas. 


O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; conseqüentemente fazendo-o tombar para trás, encostam-no na estaca vertical. Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da vítima esfregaram dolorosamente sobre a madeira áspera. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos o laceraram o crânio. A pobre cabeça de Jesus inclinou-se para frente, uma vez que a espessura do capacete o impedia de apoiar-se na madeira. Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudíssimas. 


Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. As feições são impressas, o vulto é uma máscara de sangue. A boca está semi-aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz. Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos se curvam. Se diria um ferido atingido de tétano, presa de uma horrível crise que não se pode descrever. A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdômen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cianítico. 


Jesus atingido pela asfixia sufoca. Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem de órbita. Que dores atrozes devem ter martelado o seu crânio! 


Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus tomou um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforçando-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração se torna mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial. 


Porque este esforço? Porque Jesus quer falar: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". 


Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça. Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz: cada vez que quer falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés, inimaginável! 


Enxames de moscas, grandes moscas verdes e azuis, zunem ao redor do seu corpo; irritam sobre o seu rosto, mas ele não pode enxotá-las. Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura se abaixa. 


Logo serão três da tarde. Jesus luta sempre: de vez em quando se eleve para respirar. A asfixia periódica do infeliz que está destroçado. Uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancaram um lamento: "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?". Jesus grita: "Tudo está consumado!". Em seguida num grande brado disse: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". E morre.




O preço foi pago por cada um de nós, e nós, o que temos feito por este amor?

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Abrindo mão das coisas que nos fazem tropeçar.

Por mais que pareça contraditória esta afirmação, muitas vezes o que nos falta para podermos deixar o engano, é abrir mão dele. Gostaria que cada um fizesse uma reflexão profunda, lá no intimo do coração ao longo desta leitura. Antes de continuar, faça uma pequena oração pedindo ao Espírito Santo discernimento sobre o assunto aqui abordado.

Tudo se inicia no coração. O coração é dito para nosso sentimento, desejos e vontades. E a Palavra de Deus nos adverte sobre ele:

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida” Provérbios 4:23

“E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.” Gêneses 6:5

Se alguém já se questionou o porquê do coração humano ser tendencioso para o mal, deve ter encontrado em muitas vezes a seguinte resposta: O pecado. Mas o que levou ao pecado? A desobediência deve ser a próxima resposta, mas o que levou a desobediência? Creio que se ficarmos indagando, vamos continuar num ciclo quase infinito.

Algo que Deus me mostrou de forma muito clara para esta tendência ao pecado, é o desejo de querer ter, possuir, sentir, independente de ser permitido ou não. Não estou querendo dizer aqui, que querer ter um bem ou as coisas necessárias a nossa vida é ilícito, isto, ao longo da vida vamos trabalhar e conquistar, mas estou falando a respeito das coisas que sabemos não serem corretas, mas mesmo assim, não conseguirmos abrir mão delas.

Para ilustrar, gostaria de citar duas passagens bíblicas, onde deveria ter sido aberto mão de algo, mas não foi e a conseqüência disto.

“E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.” Gêneses 3:6

Tanto Eva como Adão aceitaram aquele desejo de possuir, não conseguiram conter este ímpeto, pois não abriram mão de tê-lo. A partir deste ato, o pecado entrou na humanidade e conhecemos as conseqüências disto.

“E aconteceu que numa tarde Davi se levantou do seu leito, e andava passeando no terraço da casa real, e viu do terraço a uma mulher que se estava lavando; e era esta mulher mui formosa à vista. E mandou Davi indagar quem era aquela mulher; e disseram: Porventura não é esta Bate-Seba, filha de Eliã, mulher de Urias, o heteu? Então Davi enviou mensageiros, e mandou trazê-la; e ela veio, e ele se deitou com ela (pois já estava purificada da sua imundícia); então voltou ela para sua casa.” 2 Samuel 11: 2-4

Davi era rei, possuía riquezas, mulheres, concubinas, mas não abriu mão de possuir aquilo que não poderia ser seu. As conseqüências foram que a espada nunca mais se apartou de sua casa, Davi foi humilhado, teve uma filha estuprada pelo próprio irmão, seu reino foi tomado pelo próprio filho que assassinou um irmão e depois foi morto.

Agora, gostaria de citar também dois textos bíblicos, onde pessoas foram colocadas diante de uma situação, mas abriram mão do seu “EU” e em conseqüência foram exaltadas.
José após ser vendido como escravo para o Egito foi parar na casa de Potifar, oficial de faraó. Como Deus o fazia prosperar, Potifar o colocou como guarda de toda a casa, só não permitindo a ele tocar em sua mulher. Ele foi tentado, mas abriu mão daquele sentimento. A principio acabou sendo condenado a algo que não era culpado, mas Deus o exaltou e no final, acabou se tornando governador de todo o Egito.

“E deixou tudo o que tinha na mão de José, de maneira que nada sabia do que estava com ele, a não ser do pão que comia. E José era formoso de porte, e de semblante. E aconteceu depois destas coisas que a mulher do seu senhor pôs os seus olhos em José, e disse: Deita-te comigo.Porém ele recusou, e disse à mulher do seu senhor: Eis que o meu senhor não sabe do que há em casa comigo, e entregou em minha mão tudo o que tem;” Gêneses 39:6-8

“Sucedeu num certo dia que ele veio a casa para fazer seu serviço; e nenhum dos da casa estava ali; E ela lhe pegou pela sua roupa, dizendo: Deita-te comigo. E ele deixou a sua roupa na mão dela, e fugiu, e saiu para fora.” Gêneses 39:11-12

Outro exemplo é o próprio Senhor Jesus. Como homem ele foi tentado em tudo, mas não aceitou, abriu mão de todo o “ganho” que poderia ter neste mundo, e se submeteu a vontade de Deus e hoje está sentado a sua destra, coroado de glória.

 “Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;” Filipenses 2:6-7

“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” Hebreus 5:15

Agora, gostaria de trazer estes exemplos para termos práticos. Quantas vezes entramos na presença de Deus, orando para que uma tentação seja tirada de diante de nós, e por vezes ela continua? A pergunta que devemos nos fazer é: Qual a causa desta situação ser uma tentação para nós?

Para exemplificar: alguém que nos fez algum mal e surge em nosso coração um desejo de vingança. Se tão somente perguntarmos por que queremos vingança, talvez a resposta seja: Porque me fizeram mal. Mas se perguntarmos, para que, teremos que refletir, e, talvez cheguemos a outros sentimentos que farão parte do nosso querer realizar algo para satisfação própria. Ao abrirmos mão disto, estaremos nos livrando de uma carga que não precisamos e conseqüentemente, abrindo a porta para o perdão.

Conheço pessoas, que até gostam de estarem doentes. Realmente é incrível, mas o sentimento de auto-comiseração, de que “sua doença” faça com que outros dêem atenção a ela falam mais alto do que a própria doença. Estas pessoas não conseguem abrir mão destes sentimentos, conseqüentemente, não conseguem ficar curadas.

Nem sempre é fácil, mas é possível. Isto é negar a si mesmo e fazer a vontade de Deus.

“Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me” Mateus 16:24

Reflita, vá ao mais intimo do seu coração.

O que é necessário abrir mão! Uma paixão. Aquele negócio que trará certa vantagem, mas ilícito. Menosprezar a outros pra se sentir superior. Cabe a cada entender o que o prende àquele sentimento e abrir mão.

Que a Paz do Senhor Jesus reine no coração de todos.